APRENDA SOBRE
Insuficiência Venosa Crônica
Varizes, do latim Varix, são veias que se tornaram tortuosas – ou serpiginosas (em forma de serpente) por algum motivo. As veias, em sua grande maioria, apresentam válvulas que funcionam como comportas no seu trajeto.
Varizes, do latim Varix, são veias que se tornaram tortuosas – ou serpiginosas (em forma de serpente) por algum motivo. As veias, em sua grande maioria, apresentam válvulas que funcionam como comportas no seu trajeto. Essas válvulas são responsáveis por manter o fluxo do sangue em uma única direção sem que aquela quantidade que passou por uma delas não retorne ao segmento anterior.
Quando essas válvulas se tornam doentes, ou insuficientes, acontece o refluxo, que sobrecarrega o segmento anterior, dilatando aquela região. A outra parte da causa do aparecimento de varizes é o enfraquecimento da parede das veias, que com o passar do tempo perdem sua elasticidade, tornando-se dilatadas constantemente.
Nosso corpo sofre a Lei da Gravidade dentro dele também. Portanto, aquele sangue que foi em direção ao pé e às pernas terá mais dificuldade em retornar. Ele terá que vencer a gravidade pra subir, o que levará à dilatação das veias para acomodá-lo melhor nesse processo.
Com o passar do tempo, as veias das pernas, começam a perder a capacidade de dilatação e retorno ao seu tamanho normal, e começam a ficar constantemente dilatadas, evoluindo para a formação das varizes. As válvulas e as paredes se tornam insuficientes, retendo o sangue, dilatando as veias e levando a inchaços em consequência a este processo, o que provoca dor, coceira (prurido), “formigamento”, “queimação”.
Fatores genéticos, gênero feminino, sedentarismo, determinadas profissões, dentre outros, são importantes na determinação do risco do desenvolvimento da Insuficiência Venosa Crônica.
O tratamento de varizes se baseia em cinco pontos-chave: exercícios físicos, repouso com pernas elevadas, uso de meia elástica de compressão, medicação e cirurgia.
Os exercícios físicos regulares melhoram a circulação, visto que, quando praticados, a musculatura da panturrilha (a “batata-da-perna”) contrai, ordenhando o sangue ali retido para cima, colaborando com sua luta contra a gravidade. Com isso, diminui a sobrecarga sobre as veias da região.
O repouso com as pernas elevadas também colabora nesta briga, facilitando o escoamento do sangue, utilizando a gravidade a seu favor.
As meias elásticas de compressão trabalham também na melhora do retorno venoso e são muito importantes no tratamento.
E, por fim, o tratamento cirúrgico. Este tem como objetivo a retirada das veias já doentes. A cirurgia não pode ser encarada como fim do tratamento. A Insuficiência Venosa é uma doença crônica, ou seja acompanha seus portadores praticamente por toda a vida depois de instalada. Portanto, o paciente que foi operado não deve de forma alguma interromper os outros pontos citados, com destaque para os exercícios físicos.
O objetivo do tratamento é a prevenção do aparecimento das varizes. A evolução desta doença leva a inchaços cada vez mais difíceis de tratar e mais dolorosos, ao escurecimento e endurecimento da pele das pernas (próximo aos tornozelos na sua maioria) e ao aparecimento de úlceras nesta região.

